~ me chamam de karen ~

Adaptação teatral de Carolina Floare Boreaz (calí boreaz), poeta e atriz portuguesa e brasileira, do romance "Karen", da escritora portuguesa Ana Teresa Pereira, vencedor do Prêmio Oceanos de Literatura em 2017. Encenação prevista para 2022/2023, com direção de Fernando Philbert e produção da Caramello Produções, tendo no elenco Carolina Virgüez e Carolina Floare Boreaz.

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sinopse 

Uma mulher acorda numa cama que não reconhece, numa casa que não lhe traz nenhuma intimidade, entre pessoas que supostamente a conhecem e afirmam compreender a sua confusão momentânea, uma vez que — dizem-lhe — ela caiu ao arriscar-se a atravessar uma cascata escorregadia e pedregosa. Chamam-na de Karen. Ela encontra seu rosto nas fotografias espalhadas pelo quarto, mas não é ela. Encontra seu corpo na medida das roupas, mas não são suas. Por outro lado, o que ela se lembra de ser é uma pintora londrina que gosta de dançar e de pegar sua mochila para descer em estações de trem desconhecidas, mas, ao pretender desenhar, suas mãos não lhe respondem; ao pretender dançar, seus pés não o sabem fazer. Vê-se, assim, ocupando o lugar de uma ex-estudante de literatura casada com um escritor arruinado, num lugar que não sabe onde é, na constante companhia de uma misteriosa mulher que se apresenta como Emily e com quem desenvolve um perturbador jogo mental. Quem é ela afinal? Quem são elas afinal? Quantas pessoas cabem numa só? Quantos lugares e tempos cabem aqui e agora? Em meio a sombras e fusões, há que se cumprir um papel para se manter em segurança enquanto se busca... um sentido. Como grande metáfora da própria existência, esta é uma engenhosa trama psicológica sobre personalidade, memória e perdição do eu nas dimensões do tempo e do espaço.



Arcano 18, a Lua, do Muse Tarot, de Chris-Anne, edição Hay House.
Carta que simboliza o vasto mundo do inconsciente, dos mistérios,
da busca entre sombras e da energia yin primordial.



diretor & elenco

FERNANDO PHILBERT | diretor

iniciou sua carreira de direção como assistente de Gilberto Grawonski, Domingos Oliveira e tendo como mestre, desde o ano de 2008, o diretor Aderbal Freire Filho, ao lado de quem Philbert foi assistente em mais de quinze peças, entre elas "Hamlet" com Wagner Moura, "A Ordem do Mundo" com Drica Moraes, "Incêndios" com Marieta Severo, "Macbeth" com Renata Sorrah e Daniel Dantas. Como codiretor assinou junto com Lázaro Ramos a direção de "O Topo da Montanha" com Lázaro e Thaís Araújo. Como diretor assinou, em 2016, "O Escândalo Felipe Dussaert" com Marcos Caruso, que ganhou todos os prêmios de melhor ator no Rio de Janeiro nesse ano. Dirigiu Louise Cardoso em 2018/19 em "O que é que ele tem". E desde de 2017 está com "Contos Negreiros do Brasil" em viagem pelo Rio de Janeiro e São Paulo.


CAROLINA FLOARE BOREAZ | atriz e autora da adaptação

é atriz, bailarina, poeta, tradutora. Nascida em Portugal e radicada no Brasil desde 2010, sua formação e experiência artísticas, nas áreas da interpretação, dança (ballet clássico e flamenco), canto e escrita, passaram pelos cenários culturais português, romeno e brasileiro. Recebeu o Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Teatro do Rio de Janeiro em 2012, por sua interpretação como Hamlet na peça "Hamlet 2012", com tradução e adaptação suas da obra de Shakespeare. Foi ainda indicada Melhor Atriz no mesmo Festival em 2015 com a peça "Quenga! Quenga! Quenga!" e no Festival Internacional de Cinema de Madrid no mesmo ano com o filme "A Dívida". É formada em Artes Cênicas pela Cia. de Teatro Contemporâneo do Rio de Janeiro, com especialização em processos criativos da Royal Shakespeare Company com o professor Renato Rocha. Protagonizou 17 peças entre 2010 e 2019. Foi assistente de direção do diretor francês Gilles Gwizdek. Além da adaptação de "Hamlet", assinou como autora os espetáculos "Contando Fados", "outono azul a sul" e "tesserato jam poetry", com os quais realizou como atriz temporadas no Rio de Janeiro entre 2017 e 2023. Como poeta, assina como calí boreaz os livros "a tela finalmente escura" (Kafka Edições, 2023), "tesserato" (ed. Caos e Letras, 2020) e "outono azul a sul" (ed. Urutau, 2019).


CAROLINA VIRGÜEZ | atriz

é atriz, tradutora e professora. É Bacharel em Artes Cênicas pela Uni-Rio e Mestre em Estudos Contemporâneos das Artes. Em teatro recebeu os prêmios Molière ("Dois idiotas cada qual no seu barril"), Mambembe ("Cinderela Chinesa"), Shell, Questão de Crítica e APTR ("Caranguejo Overdrive"). Ainda como atriz foi indicada aos prêmios Mambembe ("Petruska"), Shell ("Médico à força"), Questão de Crítica ("Penso ver o que escuto"), entre outros. Junto à Cia Bufo-Mecânica trabalhou e participou em Stratford e Londres, na Royal Shakespeare Company, do espetáculo "Two Roses for Richard". Em cinema trabalhou em Hollywood com Bill Condon no filme "Breaking Dawn — Saga Crepúsculo". Entre seus mais recentes filmes estão "Fernando", "Veneza" e "Casa Flutuante", produção portuguesa que estreou em fevereiro de 2022. Entre seus últimos trabalhos estão: "Caranguejo Overdrive" e "Guanabara Canibal" (direção de Marco André Nunes); "Abril" (direção de Eryk Rocha e Gabi Cunha); "Corpos Opacos" (direção de Yara de Novaes); "Aquilo que mais temia" e "Arariboy" (direção de Sjaron Milano); "Visita guiada a uma paisagem desaparecida" (Ismael Monticelli e Adriano Guimarães); "Vozes Silêncio" (direção de Fábio Ferreira); "Two Roses for Richard" e "Penso ver o que escuto" (direção de Fábio Ferreira e Cláudio Baltar). Atualmente está filmando a série portuguesa "Santiago" (direção de Pedro Varela).